sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A culpa é do capacho...

Em política é natural a proteção do Chefe a todo custo. O sucesso de uma medida é sempre depositado na conta do Chefe, afinal quem governa é ele. Entretanto, quando o assunto é corrupção, o Chefe nada tem a ver com isso, ele é santo, é puro e imaculado; o cínico, o pilantra, o venal é o capacho que pilhava milhões na moita, na surdina, sem que o injustiçado Chefe pudesse notar a roubalheira. Quando o escândalo irrompe, o Chefe é o primeiro a dizer que exonerou o faltoso diante da deslealdade, mas jura inocência até a morte. Se algum erro cometeu, este foi o de haver nomeado um traidor. Afinal, o Chefe tem a visão coletiva, do interesse público, ele é indefectível. O esquema de defesa é esse, imagino que pode ser dificultado quando o cidadão comunicar ao Chefe sobre as irregularidades de que tiver notícia e guardar consigo o comprovante de entrega do documento como prova.

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